sábado, 21 de dezembro de 2013

Feliz Natal e 2014 de Muita Esperança!


Este Ano voou!
Mesmo sem realizar qualquer pesquisa, esta frase, com certeza,
foi a campeã de repetição que ouvi no decorrer deste ano de 2013.
Concordo plenamente. Parece ter sido ontem que desejei um Feliz 2013 
e hoje amanheci desejando um Feliz 2014.
Não consigo obter uma resposta convincente para minha interrogação.
O "Ano Voar" seria um bom sinal? Seria muito trabalho? Muita dedicação? 
Seria ainda, viver intensamente?
Por mais que tente visualizar benefícios nesta frase, algo me diz que estou desperdiçando o viver sem mastigá-lo, aproveitá-lo plenamente. Viver a cada segundo observando melhor, apreciando os acontecimentos bons, aprendendo com os fatos mais difíceis  e então no final de 365 dias sentir
que preenchi plenamente os meus dias e poder sentir que nenhum dia foi em vão.
Como de hábito, já que é Ano Novo devo fazer promessas e planos.
Então em 2014 vou me esforçar para que nenhum dia seja fortuito, que no final de cada dia eu possa sentir que foi um dia pleno de alegria, amor ou aprendizado.
Muito obrigada à todos os Seguidores  Amigos e Visitantes que mesmo com as minhas 
postagens esporádicas têm me visitado!
Outra promessa para 2014, me dedicarei melhor às postagens.
Um grande abraço carinhoso à todos!
Feliz Natal e um 2014 de Grandes Alegrias!
Naomy Kuroda

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

FELISB - 2a. FEIRA LITERÁRIA de São Bernardo do Campo




Saindo um pouco da "toca"(meu atelier) hoje estive participando 
da FELISB - 2a. Feira Literária de São Bernardo do Campo (SP) 
que está acontecendo no Pavilhão Vera Cruz até o dia 13 deste mês de Outubro.


Mostrar o nosso processo de criação, o começo de tudo também nos permite revisitar
o nosso aprendizado e todos os passos que nos permitiram chegar ao hoje.
Isto é realmente primordial para visualizarmos todos os caminhos por onde trilhamos.


Conversar um pouco com esse público inteligente, curioso e comunicativo
sempre nos permite renovar a certeza de persistir nesta profissão.


Muito obrigada à todas as crianças (e adultos) que hoje me ouviram com tanta atenção, 
me deram muito carinho ora sorrindo, ora agradecendo, 
ora estendendo seus bracinhos para que eu os autografasse.
Vocês são a causa principal da minha dedicação!
Muitos beijos!

sábado, 10 de agosto de 2013

Feliz Dia dos Pais!
























À todos os Pais que assim como o meu 

      conduzem os filhos com amor
      ensinam tudo sobre o bem e o mal
      protegem pelos labirintos da vida
      fizeram e continuam fazendo acreditar que vale a pena

                         ser fiel
                         ser disciplinado
                         ser perseverante
                         ser forte

       viver com a dignidade de um homem realizado
       não pelo que tem de material,
       mas pela paz que conquistou 
       e poder dizer :

      - Fiz tudo e um pouco mais, 
        continuo fazendo o melhor e principalmente:
        TENDO MUITO PRAZER DE VIVER!

                      FELIZ DIA DOS PAIS!

                      NÓS TE AMAMOS MUITO!

                      MUITO OBRIGADA!

       
       

     

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Amigos


- Mãe, não é estranho?  Tem tanta gente aqui, mas não conhecemos ninguém?
Hein, Mãe, pensa, não é estranho?
- Pois é, filho...
Mesmo sem a intenção de ser mal educada, acabei ouvindo este diálogo entre mãe e filho na escada rolante de um grande Shopping Center. De tão lotada, as escadas rolantes subiam e desciam com as pessoas praticamente grudadas umas nas outras, tornado assim impossível deixar de ouvir conversas alheias.
Olhei sorrindo para o meu companheiro e disse baixinho:
- Realmente, o menino tem razão! Se pensarmos bem, andamos entre uma infinidade de pessoas, olhamos
para todos os lados e não conhecemos ninguém.  Ninguém!  Isto é realmente estranho.
- É...  É o preço que pagamos por morarmos numa grande metrópole, se morássemos numa pequena cidade do interior aposto que conheceríamos todas as pessoas, ou pelo menos muitas. Também não estaríamos num Shopping Center, lotado como este. Ah, e nem fila para almoçar, fila para pagar...
Meu companheiro deu risada sonora e tentou dar uma resposta ao meu estranhamento.
Pensar sobre isolamento urbano me fez sentir um pouco carente e também refletir sobre a enorme
importância de uma amizade, principalmente por vivermos numa grande metrópole.
Continuei pensando sobre a quantidade de amizades que conquistamos no decorrer das nossas vidas.
De repente meu coração se encheu de saudade, de todos eles, dos amigos sempre presentes, dos menos frequentes e dos perdidos.
Amizades que se vão e não voltam mais, amizades que após longos anos recuperamos, amizades
que nos acompanham por décadas, amizades que não há frequência mas que são profundas e sólidas,
amizades que ultrapassam oceanos, amizades de pessoas que nunca encontramos pessoalmente, mas que muito nos alimentam a alma... Também lembrei das amizades desfeitas, mal entendidos e enganos que destroem oportunidades, palavras não ditas, explicações abafadas, amizades perdidas...E pensar sobre isso me deixou triste e com o peito dolorido.
Ao chegar em casa, liguei meu computador e abri minha caixa de emails como quem procura uma voz.
E ela estava lá, a voz de uma amiga querida e de alma generosa que parece sempre captar minhas carências, sempre disposta a me conceder seu tempo, seu ombro para me deixar mais feliz.
E mais uma vez ela estava presente no momento certo, entre as luzes de uma pequena tela de um computador uma voz, uma mão, um ombro. Uma grata presença que me encheu o dia de afeto e amor,

Naomy,

Para uma grande amiga!
Agradeço a DEUS por sua amizade .
Vera

       BONS AMIGOS.~

Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!
Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!
Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!
Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!
Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!
Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber
que os espinhos têm rosas!


MACHADO DE ASSIS



E então agradeci.
Agradeci pela minha vida rica, rica em amor, afeto, não em quantidade, mas em qualidade das consistentes relações de amizade que conquistei pelo meu caminho, das amigas e amigos que o meu "Pai Eterno" me reservou.
Lembrei de todas elas que preenchem meu coração.
Agradeci pela consciência que "Ele" me concedeu, em conseguir compreender o valor de uma amizade, de cada amiga e amigo que me preenchem a alma, enriquecem e fazem valer a pena o meu viver.

Muito obrigada!
Amo voces!
Naomy 





domingo, 2 de junho de 2013

Vai dar tudo certo!


- Vai dar tudo certo, você vai ver!
Não consigo descrever em palavras a magia que esta frase nos proporciona, como ela nos conforta, regenera e fortalece.
Quantas vezes e em tantas situações precisamos ouvi-la desesperadamente.
Teremos, porém quem nos dedique esta frase, do fundo do coração?
Uma amiga ou amigo, irmãos, namorado, marido, até mesmo um transeunte, uma pessoa que realmente acredite e torça para que tudo dê certo para alguém
Mesmo em situações em que parece confuso demais, quando uma solução parece-nos inexistente,
a frase mágica dita carinhosamente tem um poder espetacular. Tudo se dissipa, nuvens escuras que nos envolve, o medo que nos aterroriza transforma-se em claridade, paz e esperança.
Por obra da sorte eu tenho tido o prazer de contar sempre com verdadeiras amigas que me dedicam frequentemente a tal frase.
Não sei se por coincidência, recentemente, também por várias ocasiões, tenho presenciado alguém dizendo
esta frase a outrem.
Na rua, no metrô, no supermercado, no consultório médico, enfim em todos os lugares sempre há alguém sedento por esta frase e também aquele que lhe dedique generosamente.
Quase na mesma proporção também tenho ouvido pessoas desenhando através de palavras o quão triste
poderá ser o nosso futuro.
Eu acredito porém que a conquista da vitória é dos otimistas, observo que o brasileiro é realmente muito solidário, não faltam pessoas dedicando seus tempos para elevar a moral, encorajar e tentar tornar a vida de outras pessoas mais alegre e menos sofrida.
Sendo assim, mesmo de olhos bem abertos, acredito, do fundo do meu coração, que...

Tudo vai dar certo!




domingo, 12 de maio de 2013

FELIZ DIA DAS MÃES!


Mãe,
Minha querida Mãe,

Na escuridão da noite me visita,
sorri e ilumina seu rosto e meu coração
Saudade é para aqueles que não se vêem
Como posso sentir saudade se a vejo sempre, 
dentro do meu coração?
Cada alegria, cada anseio ainda a você recorro,
assim como fazia quando a barra da sua saia
representava meu Norte

Mãe,
Minha querida Mãe,

A cada flor que fotografo, em você penso
Lembro de quanto as adorava
e do tanto que as conhecia
A cada click sobre elas
 te pergunto
- A Senhora, gosta?
Sinto que te ouço dizer:
-Bonita, né?
 Mãe, são para você!

FELIZ DIA DAS MÃES!
Obrigada por tudo!
MÃE, TE AMO, MUITO!





domingo, 21 de abril de 2013

Hoje como o primeiro dia das nossas vidas

Não sei bem se ouvi ou li esta frase:
Viver o "HOJE", não como se fosse o ultimo dia das nossas vidas, mas sim como se fosse o "PRIMEIRO" dia das nossas vidas.
Sempre que estou desenhando estou também ouvindo ou lendo. E quando frases assim entram pelos ouvidos meus pensamentos voam e então minhas mãos que seguram o lápis ou o mouse deslizam melhor e com mais prazer.
Primeiro é sempre melhor que o último?
O primeiro colo, o primeiro passo, o primeiro dia de aula, o primeiro amor, o primeiro beijo,
o primeiro...
Em que momento das nossas vidas passamos a falar como se tudo fosse o derradeiro?
Meu pai que tem o orgulho de dizer a quem quer que pergunte que tem 85 anos de idade,
me confidencia sorrindo:
-Hoje aconteceu isso pela primeira vez na minha vida!
Existiriam ainda muitas experiências novas em seus 85 anos, 31.025 dias de vida?
Sim! Infinitas!
Ele me conta que pela primeira vez na vida teve a oportunidade de escrever uma crônica e ainda ver publicado num jornal de circulação da colônia japonesa. Outras vezes coisas do cotidiano, ajudou um inseto, que agonizava de pernas para o alto sem conseguir se desvirar, a encontrar seu rumo e no dia seguinte ele novamente apareceu como se sentisse íntimo.
Seus olhos brilham ao me contar cada experiência vivida pela primeira vez, se sente eufórico ao constatar que a vida ainda tem muito a lhe oferecer, inúmeras descobertas, novos sabores, "primeiras vezes"!
Voltei no tempo e cheguei ao ano de 1986 quando ilustrei o primeiro livro e visitei meus sentimentos, emoções, ansiedades, preocupações, mas encontrei lá muita esperança e acima de tudo uma grande vontade de desenhar, um enorme prazer!
Muitas vezes em meio à projetos de trabalho somos massacrados pelos prazos, pelas noites mal dormidas, pelas contas a pagar, pela rotina e o prazer pode ficar um pouco adormecido.
Imperdoável!
Dizem que ao amadurecermos, para não dizer envelhecermos, voltamos no tempo, passamos a ter sentimentos mais próximos da inocência, da juventude e da infância.
Feliz ou infelizmente já sinto isso acontecendo dentro de mim.
Penso que felizmente, pois cada vez mais, mesmo desenhando a trabalho com prazos apertadíssimos e muitas cobranças, sinto uma alegria genuína no ato de desenhar!
Desenhar num papel alvo, como se hoje fosse a primeira vez que lá traçamos nossos sonhos,
abrimos a caixa mágica novinha de lápis de cor e coloríssemos lindamente nossas fantasias!
Que venham muitas e infinitas "Primeiras Vezes"!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Professor



Ensinar, compartilhar conhecimentos para aqueles que ainda não o tem.
Ser professor acrescenta-se a isso o amor e a dedicação em respeito ao próximo.
Não é preciso nem dizer que é uma das profissões mais lindas, generosas mas difíceis.
Ensinar é também aprender, percebi isto ao dar aulas de desenho para jovens que se preparam
para prestar vestibular na área de Artes ou para aqueles que desejam se profissionalizar como ilustrador.
Ensinar também é uma troca que muito nos enriquece.
Tive inúmeros professores, mas alguns continuam no meu coração como uma linda recordação e aqueles que continuam na minha memória são aqueles professores que além de nos ensinar, deram carinho, amor e principalmente nos inspiraram como pessoa.
Muita gratidão e respeito a todos os professores que fazem das suas vidas, ensinar e amar o próximo!




sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Feliz Dia das Crianças!


É tão simples conseguir o sorriso de uma criança!
É tão singelo o que uma criança deseja!
É tão grande o que uma criança nos oferece!
É tão fácil amar uma criança!

Os momentos das crianças são tão ricos!
Os momentos junto a uma criança são tão velozes!
Os momentos que as crianças desejam são tão realizáveis!
Os momentos de amor que as crianças nos presenteiam são tão únicos! 


Que todas as Crianças do Mundo
tenham neste Dia e em todos os outros 
o que eles tanto desejam,
AMOR! 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Refúgio


Dentre milhões de palavras que verbalizamos no decorrer de nossas vidas algumas são mais queridas ou talvez mais íntimas e amigas.
Dentro da minha caixa de palavras preferidas, mora a palavra "REFÚGIO".
Refúgio é acolhedor como pijama de flanela, como um travesseiro após um dia cheio, uma limonada gelada num dia de sol escaldante, um chinelo velho após um dia de salto alto, um abraço apertado num momento de carência, o som de boa noite do amor de nossas vidas, uma palavra amiga que nos da a certeza de que somos compreendidas.
Encontramos refúgio num quarto escuro, numa palavra, num olhar, num sorriso, num beijo, numa mentira,
na escrita, na leitura, na arte, numa comida, no amor e em tantas formas de amor...
Pensando em tudo isso percebi que nos últimos dias me refugiei no silêncio. Embora goste de escrever
permaneci por quase dois meses em silêncio. Seria elegante dizer ou acreditar que nada escrevi pois estava ocupadíssima, mas sei que não é verdade, somos humanas e de tempos em tempos precisamos de um refúgio para nos refazermos do viver por viver. Outras vezes nos cansamos de ter opinião na ponta da língua, de participar de tudo, de tentar ser eficiente, de ser corajosa, de ser forte ou pelo menos de assim parecer. Muitas vezes é preciso ser forte e admitir que somos frágeis e que precisamos nos refugiar
nos preservar e continuar. Não é preciso ir a nenhum lugar paradisíaco, nem a uma ilha deserta para
nos refugiarmos, encontro ele numa tarde de silêncio ao contemplar, ao lado de uma boa companhia, o rio que segue o seu curso,  e através de um sorriso sereno e de um abraço apertado compreendermos que isto é o melhor da vida.

domingo, 12 de agosto de 2012

Pai.



- Ganhei um Smartphone.
- Ah! Hoje é  Dia dos Pais, parabéns!
Todos ao seu redor o parabenizaram.
O moço, ainda quase um menino, sorriu. Um sorriso constrangido e acrescentou.
- Ganhei também uma conta enorme no meu cartão de crédito. Eu estava feliz com o meu celularzinho, mas meu filho disse que tenho que ter um Smartphone. Todos os pais dos amiguinhos tem um. Ah, e tem que ser um "touchscreen".
Escolhendo guloseimas numa loja de produtos orientais não pude deixar de ouvir esta conversa e sorri.
O moço trabalha como repositor da loja e continuou explicando que vai ser duro pagar as prestações.
Deve ser mesmo, afinal, criar um filho já não é fácil, financeiramente então mais duro ainda. E como se não bastasse acompanhar a evolução tecnológica dos seus pertences para que o filho não se sinta excluído da roda de seus amiguinhos é um acréscimo mais árduo ainda.
Eu sorri, pois apesar de tudo isso o sorriso do moço era de plenitude e felicidade,  embora
lamentando, de certo estaria relembrando a inocente alegria do seu filho lhe entregando o presente  e para isso ele trabalharia mesmo num domingo de Dia dos Pais.
Para meu pai também "os domingos" sempre foram dia de trabalho. Sem instrução, dedicou-se à sua profissão de fotógrafo e assim criou e formou seus filhos. Fotografando no estúdio, fazendo fotografias de reportagem, revelando, retocando e imprimindo as fotografias um a um no sistema manual, nos dias de semana, sábados, domingos e feriados por mais de meio século.
E a filha, eu, como se não bastasse, ainda reclamava, brigava por não poder tê-lo
nas festas e eventos escolares. Para uma criança era muito difícil compreender sua ausência.
Hoje, ele parece compensar tudo isso participando de todos os eventos escolares e culturais dos netos.
Mesmo nos eventos que não tem intimidade com o assunto ele se faz presente. Não é um homem de gestos
e arroubos acalorados de carinhos, abraços e beijos, não tem costume de demonstrar seu grande amor pelos filhos, nora, genros e netos através de palavras, mas a sua constante presença de corpo franzino e cabelos brancos, representa enormemente tudo isso.
Pai, muito obrigada por estar sempre conosco!
Nós te amamos muito!
Feliz Dia dos Pais!





domingo, 6 de maio de 2012

Mãe



















Mãe, o que mais me faz falta é o som da sua voz
Mãe, tenho certeza, você à tudo me acompanha
Mãe, sei que está comigo, mas ainda assim...

Quando preparo sushi é em você que penso
Quando tempero meu feijão é o seu amor que relembro
Quando desenho, suas orientações que me amparam

Mãe, mais um "Dia das Mães" se aproxima
Mãe, não vou mais às compras, sua loja preferida
Mãe, seu prato predileto, não preparo mais

Eu procuro e te abraço em pensamento
Eu olho para o Céu e seu sorriso encontro
Eu falo com você e sua resposta chega
    
             Dentro do meu coração.

                  Mãe, te Amo!

                       Muito!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Regar a vida.


Estive ocupada por dias que me impossibilitaram passar por este meu cantinho.
E isto me faz uma falta danada!
Escrever no Blog é para mim um momento de acalmar o coração, me dar um pouco de atenção,
me ouvir, enfim, dar um tempo e consideração a mim mesma.
Hoje, regando minhas plantas percebi que elas também sentiram a minha falta e me contaram,
através das suas folhagens e galhos, que estiveram um pouco solitárias e ressentidas.
Regá-las apressadas e muitas vezes nem isso, deixaram nelas marcas que se evidenciaram nos seus físicos.
Fiquei triste, com vontade de voltar o tempo e pedi perdão.
Percebi que elas também precisam da minha presença, atenção, ficar um pouco com elas e observá-las.
Esta percepção me levou a refletir como devemos estar mais atentas e dar uma atenção maior e melhor às coisas e às pessoas que amamos.
Os dias e o relógio giram vertiginosamente e a nossa batalha pela sobrevivência
nos tiram do foco das coisas mais importantes e preciosos da nossa vida. Esta é sempre a mesma desculpa que usamos para tentar camuflar a nossa desatenção.
Hoje as plantas da minha pequena varanda me ensinaram que se o fato de vê-las entristecidas me deixaram
mais tristes ainda, o que estaríamos fazendo com as pessoas que amamos, com a nossa vida e até mesmo com o nosso próprio bem estar?
Após cuidar e dar uma atenção mais demorada a cada uma percebi feliz que todas elas ficaram mais
brilhantes, se sentiram fortalecidas fazendo transparecer a satisfação em cada folhagem e me retribuindo com aromas impagavelmente agradáveis.
Já dentro da casa, ao sentarmos para o nosso café da manhã, meu coração se encheu de alegria e satisfação quando percebemos a presença de um beija-flor visitando calmamente o meu pequeno mas importante espaço de aconchego, tal qual este meu Blog.

terça-feira, 20 de março de 2012

Prazo de validade.

Vivemos no mundo onde tudo se limita a um prazo, a um pequeno espaço de tempo que se garante a boa qualidade das coisas.
Alimentação, juventude, beleza, amor, novidade tecnológica e outras tantas coisas mais que parecem estar sempre sob a mira de extinção ou deterioração com o rápido passar do tempo. E isto passou a ser uma coisa natural, é assim que é e não adianta rebelar-se.
Um delicado email  que recebi de uma  professora e estudante universitária da cidade de Natal -  Rio Grande do Norte, mostrou-me que nem tudo é assim tão sombrio. Cristina Gabriela apresentou-se como professora e  estudante do último período de Pedagogia. No seu email contou que numa das disciplinas da Faculdade, Linguagem Semiótica, o seu grupo estaria analisando o livro "Amigos, mas nem tanto", Editora Scipione,  História de Lêda Aristides - Ilustração de minha autoria. Escreveu-me pois gostaria de ouvir sobre o meu processo de identificação e criação das ilustrações de uma história.
Bem, é um livro que ilustrei há 20 anos e mesmo assim tive a grata oportunidade de conversarmos a respeito
deste livro e pude constatar que dentro da minha memória os vinte anos significavam apenas alguns minutos . Pude relembrar novamente a alegria e a empolgação que senti ao receber este texto para ser ilustrado juntamente com a história "Ovo meu, será seu?- Lêda Aristides. Ansiedade, o desejo que estas sejam mais uma história estimulante, o medo se vamos acertar, o amor que sentimos pelos personagens durante o processo de criação e por fim aquela sensação deliciosa de satisfação ao ver o trabalho finalizado e o livro em nossas mãos. Com certeza são emoções que nos viciam. E como todo vício nos faz querer mais, ilustrar e criar mais e mais.
Senti na pele a responsabilidade de se fazer um bom trabalho, afinal ele nos une eternamente, são nossos filhos para sempre. Assim como um filho, nossa responsabilidade não tem prazo de validade, estará associado ao nosso nome eternamente. Mas também é o filho que  nos proporciona realização, alegria e felicidade possibilitando surpresas agradáveis como a chegada deste email de uma jovem que estuda e ensina numa cidade tão distante da minha.
Criei estas ilustrações há vinte anos atrás, mas constatei que hoje faria exatamente da mesma maneira, pois acredito que a criação que é o fruto da nossa imaginação não vem da técnica e sim da emoção que nos assola na primeira leitura do texto. Emoções não envelhecem, continuam exatamente as mesmas, indignação, alegria, prazer, amor aindo sinto pelas mesmas coisas que há vinte anos.
Gratificante foi conversar com a Cristina Gabriela e o seu email que me possibilitou observar que para isto não existe um prazo de validade.
Cristina, muito obrigada.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Feliz Dia Internacional da Mulher!



Parabéns para todas as Mulheres do Mundo!
Mulheres que com a sua força, coragem e inteligência
acompanham com humildade e sensatez a evolução do mundo.
Parabéns para todas as Mulheres que têm a capacidade de se multiplicar para se doar
com amor, carinho e verdade à todos que a necessitam.
Parabéns para todas as Mulheres que sabem chorar,
 mas também sabem sorrir, criar, amar 
e principalmente possuem energia para viver 
cada segundo da sua vida com alegria, orgulho e dignidade!
                                  Parabéns para todas as Mulheres que tiveram a sorte de assim nascer.
                                                           Feliz Dia Internacional da Mulher!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Silêncio.

Estive ausente aqui desde o dia 25 de Janeiro.
Para alguns amigos que me escreveram estranhando a falta de postagem, argumentei que eu estava muito ocupada, mas após refletir e tentar ser honesta comigo mesma percebi que não foi à toa que fiquei em silêncio neste finalzinho de Janeiro até hoje.
No início de Fevereiro contabilizei mais um precioso ano da minha vida.
Um silêncio necessário para reflexão e agradecimento dos que vivem bons anos neste mundo encantado chamado "Vida".
Sendo otimista diria que venci e ganhei mais um ano, sendo pessimista diria que é menos um ano da minha vida. Mas meu coração sabe que aniversários são sempre bem-vindos, pois isto significa que estamos aqui firme e fortes!
Também é um dia de receber abraços, beijos, carinhos, rever  a família, amigos, receber presentes...
Quem não gosta de ser mimada? Quem não fica feliz de ser lembrada?
Meus amados sobrinhos correram para me abraçar e perguntaram:
- Tia Naomy, quantos anos a tia fez?
Engulo seco e respondo a esta inocente pergunta com um número. Faço uma comparação com a idade deles.
Dou um número que é a diferença entre a minha e a idade deles e então faço-os somarem ao número que dei com a idade deles.
- Hummmmm....
Pensativos e usando o raciocínio matemático parecem entender que temos muita diferença, mas imagino que não conseguem calcular tudo que se pode fazer, viver e sentir neste espaço de tempo tão grande.
Muitas vezes nem eu mesma sei o que fiz nestes longos anos, meses, dias, horas, minutos e segundos.
Sei que muito já sorri, muito já chorei, muito carinho já recebi, muito fui e sou amada e muito já amei, amo e ainda amarei!
Como diria o nosso "Rei":
"Emoções, eu vivi!"
E  sendo eu gulosa, ainda quero mais, muito mais!
Muito obrigada por tantas coisas boas que recebi e por tudo que, tenho certeza, ainda receberei nesta minha jornada!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

São Paulo, 458 anos bem vividos.


São Paulo,
cidade onde meus avôs,
vindos do Japão,
adotaram como sua.

São Paulo,
cidade onde meu pai,
vindo de Marília,
escolheu para ficar.

São Paulo,
cidade onde minha mãe,
vinda de Tupã,
desejou permanecer.

São Paulo,
cidade onde nasci, cresci, me formei,
encontrei amigos, amores,
adotei, escolhi  e desejo permanecer

São Paulo,
cidade que amo
e me sinto amada.

São Paulo,
 Feliz Aniversário!
Muito obrigada.


segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Caminhada.

Faz muito tempo que não tenho o volante de um automóvel em minhas mãos.
Tenho me locomovido por outros meios. Quando tenho compromissos em locais com distâncias mais amenas, eu vou caminhando. É uma recomendação quase imperativa dos médicos que se preocupam com a minha saúde e...volume corporal. Então eu sigo o conselho.
E é nestas andanças que um casal de idosos tem chamado a minha atenção.
Um casal de aproximadamente oitenta e mais alguns anos. Ambos bonitos, cabelos cor de neve, discretos e de modos elegantes costumam caminhar de mãos dadas, assim como meu pai fazia quando tinha ao seu lado a presença da minha mãe. Caminham devagar, passos de pessoas que já entenderam e aceitaram que a pressa e a ansiedade de nada servem. Passos de um casal que muito já construíram, agora, juntos parecem valorizar cada segundo do estar junto, do sentir o vento, apreciar a flor que emerge entre as rachaduras da calçada.
A cada nova construção que encontram pelo caminho, param, observam e o senhor carinhosamente coloca sua mão sobre o ombro da sua esposa e com a outra aponta para a novidade e assim os dois ficam contemplando cada inovação sem dar espaço para a pressa. Fico imaginando que relembram juntos o que lá existia antes que estes prédios comerciais grandiosos e vistosos impusessem suas presenças.
Não os vejo sorrirem, parecem não necessitar de nenhum recurso para expressarem seus sentimentos. Apenas falam baixinho um ao outro, poucas palavras, bem perto dos seus ouvidos. A saúde e a vida contemplou-os com a longevidade de ambos. Longos anos de convívio, de parceria e comprometimento... Imagino que assim como todos, devem ter enfrentado e vencido juntos os percalços e as dificuldades que a vida sempre nos reserva.
Mas juntos ainda permanecem e esta é a grande benção.
E eu fico observando estas duas pessoas lindas com o coração dividido entre a alegria pela felicidade deles  e uma tristeza  por tudo que minha mãe deixou de viver e que meu pai com a partida da sua amada deixou de prolongar estes momentos de carinho e companheirismo. Companheirismo de casal, amor que venceu por longos anos, impossível de substituir por nenhum outro, nem o amor filial ou qualquer outro amor parece ser capaz de preencher o enorme buraco que a ausência do grande amor da vida, costuma abrir  no coração.
Algumas vezes vejo o senhor caminhando sozinho então me preocupo.
Fico apreensiva.
Tenho vontade de perguntar pela sua esposa, mas não o faço.
Tenho medo da resposta.
Porém, alguns dias depois já o vejo novamente acompanhado da simpática esposa deixando-me tranquila.
Muitos meses se passaram sem vê-los e eu caminhava sempre à procura do casal, não sei onde moram, nem os seus nomes, meu coração se entristecia e temia:
-Será que nunca mais vou revê-los?
Como que para me tranquilizar, antes da virada do ano, vejo-os sentadinhos lado a a lado, acompanhados por uma moça que imaginei ser filha, na pastelaria do "sacolão", hortifruti do bairro.
Vi-os felizes deliciando-se, cada um com o seu fumegante e cheiroso pastel nas mãos!
Fiquei feliz e tranquila, com certeza, são  muito saudáveis!  Eu, ainda  muito longe de chegar à  idade deles, há muito tempo já não posso me deliciar com frituras por conselhos médicos imperativos e aterrorizantes.
-Bom Apetite e Vida Longa! Muito longa!

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Feliz Ano Novo!

Assim como de hábito fazer a cada novo ano que se inicia, folheei  minha agenda do ano que se foi para fazer um balanço do meu 2011.
Observando compromissos e mais compromissos cumpridos ao longo dos doze meses, constatei incomodada que foi um ano culturalmente bastante pobre.
Tive sim alguns dias felizes como ida a concertos, peças de teatro,
porém longe, muito longe do que poderia ter sido.
Perguntei então a mim mesma o que eu gostaria de fazer para compensar isto.
Não precisei pensar duas vezes, já tinha a resposta na ponta da língua.
Respondi que gostaria de  ficar por longas horas dentro de uma livraria
sem pressa e principalmente, sem culpa!
Todas as vezes que vou às livrarias observo pessoas confortávelmente acomodadas no sofá com pilhas de livros sobre o colo, lendo e escolhendos sem  nenhuma pressa, entregues plenamente ao prazer da leitura.
Vendo isto não consigo deixar que o meu vergonhoso sentimento de inveja
aflore no meu coração.
Que vontade de fazer o mesmo!
E por que não o faz?
Sou por acaso mais ocupada do que estas pessoas?
Não, nada disso!
É uma questão psicológica, mesmo sem ter a agenda lotada não me permito
dedicar muitas horas apenas ao lazer.
Sinto culpa...
Fico sempre com aquele sentimento de que devo fazer mais obrigações do que mergulhar ao prazer da leitura. Mas, seria a arte apenas lazer ou prazer?
Costumeiramente entro apressada nas livrarias com o nome do livro já escolhido, vou direto ao atendente, pego, pago e corro para algum outro compromisso.
Não sei o que me fez ser uma pessoa assim, sentir tanta culpa quando estou assistindo a uma peça de teatro
maravilhosa, um concerto divino ou lendo... E o pior, quanto melhor é o programa maior é a culpa que me machuca. Estar ali me deliciando sozinha, enquanto outras pessoas não puderam vir ou estão trabalhando.
Não me formei  psicóloga, não sei a causa nem encontro motivo para ser assim. Nasci e cresci numa família amante da arte onde leituras eram incentivadas.
Sei apenas que assim sou e isto me tortura.
Quero muito me tornar uma pessoa mais centrada com capacidade de entrega a cada atividade de um modo mais sereno. Resolvi me dedicar um pouco a relaxar,"curtir" mais os prazeres culturais sem culpa.
Fui!
Peguei uma manhã e fui à "mega livraria"  passei duas horas escolhendo livros, lendo alguns trechos, sentei-me no sofá tão desejado. Fiquei um pouco incomodada que não precisei disputar pelo sofá, parecia ser um sinal de que as pessoas estão trabalhando ocupadas e eu ali em plena manhã de um dia da semana dentro de uma livraria numa orgia literária...
Não posso dizer ainda que obtive sucesso psicológico em relação à culpa, mas tentei e gostei...
Pretendo aumentar gradualmente a quantidade de horas dentro de livrarias e na mesma proporção ir diminuindo esse meu sentimento que de nada me serve.
Conseguirei?
Veremos.
Eu penso que o importante é tentar, aproveitar os momentos como final e início de ano para um balanço do que estamos fazendo para nos mimarmos um pouco, lutarmos para ganhar momentos prazerosos, pois acredito que é  isto que nos torna pessoas menos estressadas e consequentemente mais agradáveis no trato com os outros.

FELIZ ANO NOVO!
Que possamos viver serenamente para sermos felizes e plenas
proporcionando paz a nós mesmos e aos outros!

domingo, 18 de dezembro de 2011

Feliz Natal!

Feliz Natal!
Todos os anos faço planos, imagino que este ano farei diferente.
Sinto que estou mantendo a serenidade pensando que não irei enlouquecer fazendo compras, não me desgastarei diante do fogão e que ficarei apenas refletindo sobre o real sentido de Natal.
Ao passar pelo Shopping Center finjo que não estou preocupada e mesmo que eu faça compras vou
manter a calma, não derramarei sequer uma gota de suor disputando numerações de roupas com outras heroínas.
Porém... Ao aproximar a véspera de Natal começo a me sentir incomodada ao constatar que tenho uma considerável quantidade de pessoas que amo e que gostaria de demonstrar o quanto sou grata pela amizade, carinho e dedicação que têm me proporcionado. Ainda assim, tentando manter a serenidade começo a fazer lista destas pessoas e verifico que não são nada poucas... Passo a contar os dias e as horas que poderei dedicar para as compras e divido pela quantidade de pessoas. Vejo que preciso correr, ainda devo levar em consideração que quanto mais os dias se esgotam nada acharei nas lojas pois as consumidoras são espertas, rápidas e endinheiradas.
Mais uma vez começo a sair da minha tranquilidade, penso nisso o dia todo, é preciso incluir o prazo de entrega de Correios para pessoa de outra cidade e sem querer começo a me descabelar, ainda resisto fingindo que está tudo bem, presentes são apenas símbolos materiais. Irei às festas de mãos abanando,
direi que este ano não tive tempo ou que estou muito pobre...
Apenas crianças devem ser poupadas desta falta, para elas darei um jeito...
Sei que por dentro me sentirei ridícula e triste pois eu mesma não me convencerei disto.
Se eu fosse mais organizada, se eu planejasse antes não era preciso me descabelar e frequentar Shopping Center ou lojas lotadas. Mas sou mais uma destas pessoas que deixo para ultima hora, talvez eu ainda não saiba mas desconfio que gosto desta bagunça, desta movimentação, deste corre-corre atrás de  presentes para não esquecer de ninguém.
Adoro o sorriso dos amigos quando eles abrem o pacote e me dizem:
-Nossa! É exatamente o livro que eu estava querendo!
ou
-Que lindo! A-do-rei!
Tenho certeza de que uma simples lembrancinha não representa nem um milésimo do quanto sou grata à todas estas pessoas da minha lista, mas quero dizer através destes mimos que lembro-me sempre de você, rezo sempre por você, sou muito feliz por poder lembrar de você!
Então devo correr! Devo suar sim!
Enquanto eu desenhava este cartão de Natal fiquei imaginando como seria maravilhoso se eu pudesse
empacotar e presentear todo meu sentimento, meu desejo e meu agradecimento.
Eu sei, não posso, mas desenhar eu consigo.

Feliz Natal, Amigos Leitores e Amigos Seguidores 
que me fizeram sentir que tudo é tão próximo!
Muito obrigada pelo carinho e amizade, desejo que tenham 
um lindo Dia de Natal e um 2012 de muitas novidades agradáveis 
e que possamos continuar sempre juntos, no coração!

sábado, 10 de dezembro de 2011

Ver para crer ou imaginar para sonhar... (2/2)

Quando chegamos a este Mundo e carregamos dentro da bagagem
o dom da imaginação aguçada, estamos desembarcando num território
muito, mas muito maior do que qualquer dimensão mensurável.
A imaginação amplia qualquer situação permitindo-nos sentir,
observar, visualizar e concluir muito além do que aparenta a realidade.
É um jogo que deve ser apreciado ludicamente com total ciência de algumas regras.
Do contrário, pode ser decepcionante, dilacerante e danoso.
Como define o nosso grande dicionário "Aurélio ":
" Construir ou conceber na imaginação é o mesmo que fantasiar,
idear, inventar, supor, presumir, conjeturar..."
Pois é... a regra é clara, imaginação é uma fantasia...
Com a sorte de um ganhador de loteria,  poderá até coincidir com a realidade?
Talvez sim, talvez não...
Bem, tendo a noção de que assim como temos a liberdade de imaginar temos em igual proporção a de constatar não ser real, então, imaginar fica por nossa conta e risco.
Como eu escrevi na minha postagem anterior, imaginação é uma coisa que me persegue desde a minha mais tenra idade, muitas vezes ela me diverte mas outras também me assusta, me induz ao erro para melhor ou para o pior.
Quando enfrento situações nunca antes vividas, minha imaginação cria monstros e fantasmas assustadores me fazendo sofrer por dias e quando chega a derradeira realidade constato que muito perdi me descabelando por antecipação. Em outras situações mais divertidas, gosto de imaginar personalidades, vozes, gestos de pessoas que conheço apenas por fotografias e é claro raramente minhas imaginações casam-se com a realidade quando as encontro.


Uma moça do nosso convívio casou-se com um moço que conheceu através de cartas e fotografias.
Cada um no seu país, muitas cartas enviadas, um imaginando sobre o outro apenas através de palavras românticas escritas sobre o papel e de algumas fotos.
Conheceram-se pessoalmente com o casamento já marcado.
É claro que personagens de carne e osso foram muito distantes do que as palavras representavam e do que cada um imaginou.
Não que fosse pior ou melhor, apenas diferentes.
Casaram-se e vivem felizes por longos anos.
Familiares curiosos que tiveram acesso às cartas acharam muito engraçado que aquelas palavras adocicadas tenham sido escritas por aquele rapaz tão pragmático, tão distante do que haviam imaginado.
Gosto de pensar que as pessoas não são apenas aquelas que se apresentam, temos várias facetas que vivem escondidos dentro de nós e que dependendo da ocasião elas se apresentam, nos momentos íntimos, da conquista, da fragilidade, da arrogância, da fortaleza, da paixão e do amor.
Frequentemente acabamos por nos surpreender ao constatar facetas de nós mesmos que não havíamos imaginado possuir, às vezes boas, outras ruins, vergonhosas ou até heroicas.
Presumo então que não será a imaginação o culpado.
Ver para crer pode ser necessário, mas a imaginação amplia o nosso mundo,
tempera nossas vidas, faz pulsar nossos corações e é por isso que não consigo me livrar deste vício:
"Imaginar para Sonhar!" .

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Ver para crer ou imaginar para sonhar... (2/1)

Uma imagem, um desenho, uma fotografia, apesar de estáticos, através dos textos elas se personalizam, vidas se emergem. Textos revelam-se vozes.
Dentro da minha imaginação croquis e fotografias se movem, sobrancelhas, bocas, olhos, andares se caracterizam.
Hábito meu da infância até hoje.
Figuras com cabeça em formato de bolinha, corpo, uma linha longa, braços e pernas de linhas curtas para mim possuíam vidas.
Personagens frágeis tinham nomes, personalidades, famílias.
Eles choravam, riam, ficavam bravos e eu a cada traço me alegrava ou sofria solidária.
Mais tarde quando meus desenhos passaram a criar mais formas e volumes passei então a sofisticar essa "loucura" segundo muitos, começando a emprestar minha voz personificando-os melhor.
Bastava desenhar o rosto, enquanto desenhava o resto do corpo eles já começavam a falar através de mim.
Não havia nenhuma loucura nisso, para mim, uma vez criadas elas ocupavam seus lugares neste mundo, ou seja, no meu pequeno mundo infantil. Frequentemente meus pais vinham ver com quem eu estava falando, tamanha era a minha sofisticação criando muitos timbres de vozes de acordo com cada personagem por mim criada.
Também passei a conversar com bonecas e responder por elas sem nunca imaginar que isto não seria "normal" até que...Namorado, amigos passaram a me ver como psicótica, infantilizada, começaram então
a estranhar e ao perceber isto, eu que não sou boba fui me recolhendo à dita "normalidade".
Hoje, ainda continuo a mesma, apenas fiquei mais esperta, me organizei a praticar isto apenas quando estou só.
Opa, estava me esquecendo de citar as flores que retribuem às minhas conversas me envolvendo com
suaves aromas em sinal de amizade.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Blog do Akira.

Entre tantos Blogs que tenho o prazer de visitar, o "Blog do Akira" 
é um dos que me proporcionam ter contato com as mais variadas emoções.
A cada leitura são tantos os sentimentos que se agitam dentro de mim que seria
impossível enumerá-los em uma única postagem.
Resolvi então expor as minhas primeiras impressões ao ler o Perfil do Akira.
Como percebe-se pelo nome, descendente de japoneses, assim como eu.
Conceitos pré-determinados ou reais, o fato é que na minha trajetória,
muitas vezes ouvi os seguintes comentários :

-Nossa, você, apesar de ser nissei é extrovertida!

ou ainda:

- Você é japonesinha mas fala alto, expõe seus sentimentos sem problemas.

Não sei precisar quanto aos dados estatístico ou se realmente os orientais são mais contidos no que diz respeito a desnudar o que se passa no seu íntimo. Seriam mais introvertidos, reservados ou tímidos?
Mas ao conhecer o "Blog do Akira" o que me encheu de admiração foi de como ele expõe seus sentimentos abertamente. Com hombridade declara o seu amor pela sua esposa Sueli de uma maneira linda, direta e sincera sem disfarces nem subterfúgios. Um casal maduro, parceiros na vida, na luta, um amor que resistiu inabalável assim como no primeiro encontro.
Assim ele faz também ao expor escancaradamente seu amor pelos filhos, amigos, trabalho, sua comunidade, sua alegria e a sua dor descrevendo seus sentimentos, coreografando palavras de tal forma que nos possibilita vivenciar emoções fazendo de nós cúmplices na alegria e na tristeza.
Por que teríamos receio de expor nossos sentimentos?
Somos todos vulneráveis às emoções, viver não seria acumular sentimentos?
Sofrer, alegrar, amar, iludir, decepcionar, apaixonar!
É tudo que possuímos na vida.
Eu admiro  e acredito na generosidade dos que compartilham vivências nos ensinando emoções.
Preciosidades da Vida!

domingo, 6 de novembro de 2011

Razões para escrever...

Visitando o Blog do Wilson Marques onde ele escreve a sua contribuição para a divulgação e recomendação de livros interessei-me especialmente pela postagem do dia 02 de novembro de 2011 que apresenta o livro "Crônicas de Papel - Razões para gostar de ler" de Januária Cristina Alves (Mercuryo Jovem).
Confesso que fiquei bastante curiosa ao ler a sinopse do livro que expõe a questão:
"Onde uma pessoa sem razões para ler pode encontrar cem razões para ler?
O tema levou-me a refletir também sobre as razões, que temos, dentro de nós, para escrever.
- Por que  escrevemos? Por que escrevemos no Blog?  Nada ganhamos para isto... alguns dirão.
Motivos são infindáveis, um prazer, um desabafo, uma necessidade, uma contribuição de divulgação cultural, enfim um meio de comunicação onde pessoas se encontram através de palavras e imagens.
Só posso responder por mim e mesmo assim fiz uma pausa para pensar melhor sobre as razões que me acendem a  vontade de escrever.
Entre tantas coisas que fazemos por obrigação e necessidade, temos poucas que fazemos apenas e simplesmente pelo prazer.
Devo-me considerar feliz pois tenho duas coisas que tenho um imenso prazer ao fazê-lo, desenhar e escrever.
Dois prazeres que me acompanham desde a minha infância. Tenho guardado comigo ainda, dissertações
e poesias escritas por mim na infância e algumas até em língua japonesa. Não é nehuma obra literária, mas  representam o registro dos meus sentimentos, meus anseios e esperanças. E quando as leio encontro comigo criança, adolescente, adulta e entro em contato com as minhas idéias, como eu sentia a vida em cada época da minha vida.
Arrisco-me então a concluir que o prazer que sinto ao escrever está ligado a esta possibilidade fantástica de comunicação, do encontro com as pessoas e principalmente comigo. O prazer de me comunicar, expor meus sentimentos às pessoas que talvez tenham vivenciado os mesmos sentimentos que vivi e vivo.. Escrevendo começamos a nos entender, a assumir quem realmente somos e que muitas vezes enquanto não formatamos nossos sentimentos e experiências vividas em palavras não nos encontramos.
Então temos sim, inúmeras razões para escrever e mais outras mil razões para ler, pois assim como a sinopse do livro citado acima relata, para escrever é preciso ler.


quarta-feira, 26 de outubro de 2011

"Mãe, já é Natal?"

Dona de casa é coisa séria.
Querendo ou não, quase todos os dias acabamos por visitar o supermercado
e o pior, sempre há o que comprar.
É um sabão aqui, uma salsinha ali e vamos deixando lá o nosso dinheirinho.
No mês de setembro em uma destas via crucis no supermercado,
deparei-me com uma enorme montanha formada por caixas de "Panetone".
A minha primeira reação foi:

- Ué! Passaram a comer panetone o ano todo?

Logo percebi que não, faltando ainda quatro meses até o Natal, era mais uma das estratégias comerciais ávidas para seduzir o consumidor fazendo com que comecemos a nos empanturrar com a guloseima cada vez mais cedo.
Fui tomada por uma sensação desagradável, aquela que sentimos quando alguém nos apressa, nos encurrala, nos obriga a andar mais depressa, sem permitir que desfrutemos cada coisa a seu tempo.
Enquanto, revoltada, conversava sobre isso com os meus botões, uma voz meiga característica das crianças, ecoou atrás de mim como uma canção:

- MÃÃÃE, já é Natal? OOOObaaaaa!

Um menino lindo de aproximadamente cinco anos, encontrava-se estático diante da montanha de panetones reluzindo brilhos nos seus olhos! Dentro deles eu podia até ver a alegria e o sonho que o Natal representava  para ele.
Talvez ele ainda nem soubesse o real significado do Natal, talvez associasse esta data com presentes, ou quem sabe estaria se lembrando das festas de família, do aroma de uma mesa repleta de comida boa, dos abraços, das brincadeiras, das alegrias de um dia de Natal.
A mãe dele sorriu olhando para mim e disse:

- Quaaaase, ainda vai demoraaar...

Mas a esta altura ele parecia já nem ouvir, estava sim envolvido totalmente em suas imaginações felizes.
Provávelmente daqui por diante irá atormentar sua mãe e de tempos em tempos repetirá a mesma pergunta, ansioso à espera do Natal. Afinal, já existem panetones à venda nos supermercados!
Ter presenciado a alegria do menino olhando para a pilha de panetones fez-me um pouco em paz com o departamento comercial que apressa-nos a consumir o quanto antes os alimentos típicos das festividades.
Para tudo existem dois lados, pensei. A mulher (eu) que se irritou com a pilha de panetones me sentindo pressionada a pensar, antes do tempo, sobre o final do ano que se aproxima e o menino que só via coisas felizes nesta mesma cena.
Tudo bem, se a montanha de panetones anunciando o Natal que chegará apenas daqui a quatro meses
faz uma criança feliz recheando a sua imaginação de esperança, alegria e a certeza do amor que virá,
vou olhar para ela com outros olhos, apenas não cairei na tentação de levar um para minha casa, afinal
tenho mil outras prioridades antes do Natal chegar.
Obrigada, menino de olhos bonitos! Feliz espera pelo Natal!

domingo, 16 de outubro de 2011

O Sorriso.

Dia das Crianças é um dia que presenteamos as crianças
e somos presenteados por elas
com alegria e sorrisos sonoros!
Sorrisos  são constituídos de muitos ingredientes:
30% de alegria
30% de energia
30% de inocência
30% de traquinagem
50% de Amor
Conta errada?
Totaliza-se mais do que 100%?
Claro, o sorriso de uma criança é muito mais do que um simples sorriso.
Cada vez que tenho o prazer da companhia dos meus sobrinhos, observo que o sorriso deles representam muito mais que palavras!
Quando estamos todos juntos, brincando em família o que mais me proporciona prazer
é de vê-los explodindo de alegria.
Eles dão tanta risada sonora com o rosto, com as mãos, pernas  e o corpo inteiro
que podemos sentir o quanto estão felizes.
Se estou com alguma nuvem escura na minha cabeça, só de vê-los,
brincar com eles, minhas energias são repostas.
 Basta olhar para o rostinho puro, meigo, carinhoso deles,
onde só existem alegria e empolgação
 que dissipam-se qualquer pessimismo ou preocupação.
O sorriso é o melhor presente que podemos oferecer a alguém,
nele estará todos os sentimentos nobres como bem querer, afeto, carinho e amor.
Sorrisos sinceros não se fabricam, pode até existir quem consiga produzir,
 mas basta olharmos com o coração para diferenciar
um sorriso verdadeiro e do falso.
Penso que a vantagem de acrescentarmos anos a mais
em nossas vidas é o olhar, a visão experiente que vamos adquirindo
capacitando-nos em detectar sentimentos verdadeiros.
Sentimentos são infinitos, graus variados, mas a janela da nossa alma
onde tudo transparece e tudo se registra, não se engana.
No olhar das crianças, nas janelas da alma que possuem são tão limpas,
tão verdadeiras que a cada sorriso de uma criança somos transportados para
o Mundo Encantado da Felicidade.
Crianças, o Tesouro mais Nobre e Singular das nossas Vidas!

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

FELIZ DIA DAS CRIANÇAS!


À todas as crianças do Mundo,

     MUITO OBRIGADA pelo SORRISO,
                                                  pela    ALEGRIA,
                                                      pela    CURIOSIDADE,
                                                             pela       VIVACIDADE,
                                                                     pela       PUREZA  DA ALMA,
                                                              
                             e principalmente   pelo AMOR  E  A FELICIDADE
                                  que vocês nos proporcionam a cada minuto
                                                           da VIDA!

                                                             Naomy

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A primeira vez.

A primeira vez que sózinha meus passos dei, não me lembro, infelizmente
A primeira vez que senti soltar a mão materna, insegura fiquei
A primeira vez que peguei ao volante, liberdade ganhei
A primeira vez que a paixão me tomou, viva me senti
A primeira vez que vivi o Amor, tive certeza, para sempre seria
A primeira vez que sózinha a porta abri, fragilidade me envolveu
A primeira vez que atravessei a porta comigo apenas, me fez fortaleza
A primeira vez que compreendi a grandeza do verdadeiro amor, me fez plena
A primeira vez que percebi a magia de existir a primeira vez ainda, entendi a maravilha do VIVER.

domingo, 2 de outubro de 2011

A mina da felicidade.

- Que saco! Não entendo! Por que é que todo mundo resolve fazer compras na hora do almoço!

Uma voz estridente tirou minha concentração. Eu que estava com o pensamento totalmente envolvido em meus problemas diários, percebi que havia uma pessoa bem mais irritada do que eu na fila.
Que susto! Virei-me para conhecer a dona da voz.
Era uma senhora volumosa, vestida elegantemente, no pescoço muitos enfeites dourados. Exibia as maçãs do rosto avermelhadas, sobrancelhas arqueadas defendendo aos brados sua ideologia que podia se resumir em: 
"Para não me atrapalharem, ninguém, além de mim, deve utilizar-se do supermercado em hora de almoço!"
Olhou para mim arqueando ainda mais suas sobrancelhas como se aguardasse aplausos ou como se fosse me agredir caso eu não concordasse ao seu discurso.
Preferi não engatar o assunto parecia fora de si, fiz "cara de samambaia" e voltei aos meus pensamentos.
Fila de supermercado é um local interessante onde tudo pode acontecer, desde conhecermos pessoas, ganharmos amigas, ouvir sobre tragédias domésticas, sofrimentos amorosos, dicas de cozinha, indicações de viagens, restaurantes para ir e para não ir... E principalmente  para entrar em contato com as  peculiaridades humanas.
Bem, começando por mim, o meu comportamento numa fila é :
Sou aquela que em dias de bom humor converso, faço amizade, dou risada, mas nos dias menos felizes fico inquieta, ansiosa, não falo e a cada segundo fico contando quantas pessoas ainda faltam na minha frente. Olho a todo instante para o caixa como se isso fosse ajudar a acelerar o processo.
Existem aqueles que cantam, contam piadas, discutem futebol defendendo seus times de coração, dividem seus problemas, enfim é onde pode-se ouvir e ser ouvido. Porém, quando as pessoas se perdem nas inconveniências destoando seu tom de voz, a maioria se assusta e prefere ignorar ou existe também aqueles que são contaminados passando a agir da mesma forma.
Mas a senhora volumosa não encontrou simpatizantes. Todos a ignoraram e ela ficou falando sózinha por muito tempo e olha, ela foi insistente:

-Que saco, estou perdendo todo o meu horário de almoço numa fila de supermercado! Que absurdo!Pessoas que tem tempo livre, que não tem horário de almoço apertado como eu, que venham mais tarde! Que droga! Que saco!

Ela estava perdendo completamente a noção do bom senso.
Poderá existir uma pessoa que realmente acredite nisso?
Permanecer na fila, por si só já não é uma situação agradável, pior ainda é aguentar berros de pessoas inconvenientes. É demais !. Estava se tornando sufocante ouvir aquela voz fina e estridente falando absurdos. Me sentia como se estivesse num deserto sob o sol escaldante, desesperadamente à procura de água.
E ela veio!
A água veio pela voz suave e alegre da moça do caixa que de tão feliz parecia nem se dar conta do escândalo que a figura volumosa estava fazendo na fila.

- Ai, estou tão feliz! Olha que sol lindo que está fazendo hoje, gente! Antes de sair para trabalhar, lavei todas as minhas roupas e deixei penduradinho no varal! Quando eu chegar, vai estar tudo sequinho! Vai estar tudo cheirando sol!

Que coisa deliciosa de se ouvir!
Parecia que eu podia até sentir o aroma do sol nas roupas limpinhas!

- Onde você mora?

Perguntei a ela sorrindo, contagiada pela alegria dela.

- Ah, é muito longe, a senhora não deve conhecer não, tomo duas conduções e ando mais tantos!
Chego lá bem de noitinha! Mas tudo bem, hoje as minhas roupas estão salvas! Ah, se estão!

E riu, uma risada gostosa de uma pessoa que estava realmente se sentindo contemplada pela vida.
Achei-a tão digna, tão merecedora deste sol maravilhoso, deste presente que Deus a enviava!
Era um contraste tão grande entre a amargura da senhora da fila e a alegria da moça do caixa que pude perceber nítidamente onde se encontra a mina da felicidade.
Já com as minhas compras devidamente ensacadas, falei.

- Tchau! Um ótimo dia pra você!

A moça do caixa respondeu com um sorriso mais especial ainda:

- Já éstá sendo! Já está sendo! Tchau! Vai com Deus!
-Obrigada, sei que você já está com Ele!